EMBRIÃO
Lílian Maial
Em mim, cresce o embrião da poesia,
No ventre que o teu verso fecundou,
Em rimas de paixão e de euforia,
Que o tempo, enciumado, nem passou!
É pouco tempo e é tanta a sinfonia,
E a vida tece a trama que emprenhou
Na pele, no olhar, na melodia,
A glória de exibir o que vingou.
E nasce este soneto como um grito,
Da luz que se propaga ao infinito,
Do mundo da palavra irrequieta.
Rebento concebido com afeto,
Menino, dentre todos, predileto,
Parido das entranhas do poeta!
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