Canto de Amor nº XIII
Lílian Maial
Oh, amado! Luz e calor, meu sol!
Tu, que trazes a esperança e os bons presságios
em teu olhar de apaziguar desalentos!
Tu, que apontas o caminho da comunhão e da fartura,
que abarcas toda a humanidade no abraço de ternura!
Vem, amor meu, ao meu encontro!
Vem ebulir meu sangue morno,
trazer à tona os desejos mais secretos,
as vontades e blasfêmias do âmago das entranhas!
Eu, tua amada, a louca e desvairada amante de todas as horas,
a virgem imaculada dos sonhos de menino,
envolta em rosas e almíscar,
para te receber na alcova das verdades nuas!
Eu, doce amado, que te lavo os pés e a alma,
que te nutro de volúpia e mato a tua sede
em todas as águas em que me transformo!
Vem, meu astro, iluminar o nosso leito de pétalas e plumas,
e aquecer as nossas noites inebriantes!
Vem, meu vinho, me entorpecer com teu amor,
o mesmo amor que te dedico a cada vez que meus olhos se encantam e cerram.
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