IMPLOSÃO
Lilian Maial
Os sonhos, um a um, foram tragados,
Nas trevas da maldade e da mentira.
As sombras na parede são legados,
Qual eixos de uma roda que inda gira.
Castelos de futuro confiscados,
Dos planos de uma vida caipira,
Agora sobrevivem soterrados,
Escombros dessa luz que não se expira.
A dor é companheira rabugenta,
Maltrata ao mesmo tempo que alimenta,
Não deixa descansar o dissidente!
Enquanto houver canção e poesia,
Tijolos de esperança e melodia,
É certo erguer a casa novamente!
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