UM POETA QUANDO MORRE
Lílian Maial
Um poeta quando morre
É igual a qualquer um
Deixa dor, no peito escorre
Solidão, pranto e jejum.
Um poeta quando parte
Leva consigo um tesouro
Quem fica, amputado da arte
Guarda seus versos qual ouro.
Um poeta quando sonha
Que das nuvens faz morada
Não contava co'a façanha
De deixar (órfãs) palavras.
Um poeta quando ama
E faz da vida seu livro
Da morte em si não reclama
Pois morria em verso vivo.
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Lílian Maial
Enviado por Lílian Maial em 19/11/2006