TRAQUINAGENS
®Lílian Maial
Um quê de magia na manhã que se despe de orvalho
afronta de azuis e dourados
desafio com o rabo dos óbvios
sua e fustiga
desobediente e levada.
Cai a tarde de joelhos
ora por nós
longos salmos de horizonte
prega folhas secas entre os homens de boa voragem
mistério e murmúrio poente.
A noite estende o lençol de silêncio
sobre o concreto da cidade
cala telefones
inibe monitores.
Estrelas mensageiras piscam namoros
com o absurdo dos traçantes
avermelhando o laser dos meninos da porta ao lado.
A madrugada defenestra a preguiça
voo pesado rumo à aurora.
Aves vadias invadem velhas árvores,
algazarra de zunidos e cantos e asas e folhas.
Ah! O dia fica de castigo.
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Lílian Maial
Enviado por Lílian Maial em 20/04/2011
Alterado em 21/10/2020