CARCOMIDO
®Lílian Maial
Um homem se afasta.
Falsa impressão da verdade,
Abismo entre o olhar e o sorriso.
Somem os dedos e as coisas simples.
Um homem deixa que se instale o silêncio.
A palavra conversa com a mudez e o medo.
Um homem chamando um nome.
No rosto, velhos movimentos.
Cada traço, uma deixa.
Um homem espera a coragem,
E a angústia destila seus minutos.
Os ponteiros dos dias parecem tristes.
Um homem se cala de espanto.
Chora a secura e a saudade.
É preciso queimar lembranças.
Pá de cal,
Enterrar questão.
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Lílian Maial
Enviado por Lílian Maial em 20/10/2006