Terminal
®Lílian Maial
A poesia anda com os dias contados.
Agoniza a palavra.
Na copa das árvores ceifadas,
folhas secas assimétricas
se despedem do orvalho de carpir versos.
Assépticas pedras na relva
repousam cuidadosamente abandonadas
sobre a plegia das letras.
Inscreve-se o poema na lápide,
em branco,
feito a vida fátua,
fremente flama que fenece,
como coisa por fazer.
**********
Lílian Maial
Enviado por Lílian Maial em 02/02/2010
Alterado em 21/10/2020