Num brinca cum Barrichello,
que Rubinho foi segundo!
®Lili Maial
Estou aqui satisfeita
Mostrano tudo que é dente
Prus inimigo e parente
Também num faço desfeita
Vô cumeçá cum a receita
Coisa mais simples do mundo
Pega um motô vagabundo
Bota um piloto amarelo...
Num brinca cum Barrichello,
Que Rubinho foi segundo!
Toda corrida me inerva
Num ligo nem a TV
Pramodi nem bem sabê
Que vai ficá na reserva
Esse cabra inté conserva
Mardição de moribundo
Que mete o pé lá no fundo
Mas só fica no chinelo...
Num brinca cum Barrichello,
Que Rubinho foi segundo!
As meió iscuderí
Iscolhi os cabra no bafo
Prucura aqueles mais safo
Que só engole açaí
Sem ficá de piriri
Nem bancá o furibundo
Com o pensamento rotundo
E a rapidez de um vitelo...
Num brinca cum Barrichello,
Que Rubinho foi segundo!
Agora só dá Rubinho
Todo o povo vai falá
Ele pode alardeá
Que esse pódio é miudinho
Pra cabê tanto carinho
E esse amô bem mais profundo
Com o direito oriundo
Da disputa em paralelo...
Num brinca cum Barrichello,
Que Rubinho foi segundo!
Vô terminá meu cordé
Que as rima tá acabano
Mas num fique se gabano
Que eu trago as rima no pé
Bem meió que tê chulé
Coisa de sujeito imundo
Meu jeitin é mais jucundo
Meu sorriso é mais singelo...
Meu beijo pro Barrichello,
Que Rubinho foi segundo!
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Tive a grata surpresa de ter uma estrofe a mais, enviada pelo amigo e excelente cordelista Silva Filho. Obrigada, amigo!
Se um dia é da caça
outro é do caçador
há o dia do motor
e também dia do Massa.
Mas Rubinho vai na raça
sem precisar ser facundo
nas voltas que dá o mundo
perdido não há um elo
num brinca cum Barrichello
que Rubinho foi segundo.
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E olhe, que até Nathan de Castro - exímio sonetista mineiro, antigo parceiro de letras - se arriscando no cordel!!!
Isqueceu de comentá
que o Rubinho foi segundo
mode uns grande atrapaiá
e rodá pra ver o mundo
apraudindo o bom velhinho
num burrico tão piqueno,
mas forte feito os versinho
de Maial, muié veneno...
Se ontem pensei amarelo,
hoje sei, é Barriquelo!
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