Lílian Maial

Basta existir para ser completo - Fernando Pessoa

Meu Diário
16/08/2010 21h17
TARJA ROSA
TARJA ROSA
®Lílian Maial
 
 

Ninguém vai acreditar, quando eu contar! Parece piada, mas eu – carioca da gema – fui a São Paulo, para a Bienal do Livro 2010, para o lançamento do livro da amiga – outra carioca – Rosa Pena.  Pode?

Pode.  Lílian Maial e Rosa Pena podem qualquer coisa, até sair de sua cidade para um encontro em outra cidade. Claro que Sampa quase não é outra cidade, pois eu amo Sampa, mas... Francamente! Maial e Pena moram a um mísero bairro de distância! E os meses passam, os anos disparam... E foi preciso uma Bienal do Livro para reunir as duas escritoras. Uma delícia! Bendita Bienal!

Chegamos (eu e minha filha) no hotel perto das 15 horas, e o lançamento era às 17! Uma vez hospedadas, soubemos que o amigo Antônio Carlos de Menezes, lá do Recife, estava por lá, e marcamos a ida juntos para a Bienal. Foi muito bom encontrar o velho parceiro de poesias, ao vivo e em cores, depois de tantos anos de virtualismo!

O Anhembi estava abarrotado de gente, e estávamos ansiosos por ver a Pena e os demais amigos, que sabíamos que iríamos encontrar. Estava um friozinho agradável, que se tornaria cruel com o cair da noite.

E onde ficava mesmo a editora? Fomos ao setor de informações, pegamos o mapa da Feira e logo identificamos a localização do estande. Voamos para lá, e haja gente! Como tinha criança e atrações infantis! E adolescentes, então! Muitos vampiros, mortos-vivos, coveiros e outros monstrinhos e bichinhos.

Finalmente chegamos ao estande. Cadê a Pena? 
Olha ela ali!
E... voilà!  Lá estava minha amiga Rosa e seu Tarja Branca!
E abraça daqui, beija dali, e mata saudade e... de repente... quem é aquele?  Não!  Não acredito!  E lá estavam todos eles – amigos queridos – com os olhinhos brilhando de alegria.

A cada novo amigo, meu coração batia mais forte, como se fosse saltar da goela! Foi tanto abraço, tanto beijo, tanto querer bem ali, naquele estande, que, por um instante, eu juro que vi asas e auréolas, chifrinhos e rabinhos pontudos, e formávamos um grupo mágico, que irradiava uma energia tão gostosa, que só, mesmo, um tarja preta, ou melhor, Tarja Branca, para anestesiar todas as ansiedades, dores, tristezas. Estava tudo colorido, feliz, Rosa.

Amei rever Herculano, Kondor, Maria da Graça, Ciça, Dalva! Encontrar Pastorelli, Luiz Delfino, Ydeo, Marília, Eliane Triska, Cleide Canton. A cada abraço, um mundo de emoções!

Depois fizemos um giro pela feira, que tinha até castelo medieval, com direito a cavaleiro de armadura (ao lado de quem, obviamente, eu tive que tirar foto), assim como Homem de Ferro e bichinhos diversos, com os quais também tirei fotos, naturalmente.

O curioso é que, em cada estande, resolveram me chamar pelo nome, dizendo que tinham um brinde para mim (é óbvio que liam no crachá e já vinham cheios de intimidades, como se me conhecessem). Entrei de gaiata só no primeiro estande, os outros não me pegaram, não... Virei uma exímia esquivadora de brindes de estandes. Me esquivei tanto, que até a Morte não conseguiu me pegar... hehehehe (lógico que era uma guria fantasiada de Dona Morte).

Dali, uma pizza, um chope, conversas em dia, muita animação e muita alegria, e um frio glacial que, mesmo com os corações aquecidos, fez muita gente tiritar.

Os amigos não cansavam de trocar carinhos e fazer uma fofoquinha aqui e ali, afinal, nada como um bom malho real sobre o mundo virtual!

Ainda não tomei a minha dose de Tarja Branca, mas confio tanto no
“laboratório Rosa”, que já sei até qual o principal efeito colateral: a fissura pelo próximo lançamento. Só torço para não ter que esperar pela próxima Bienal de Sampa. Eu e os leitores da Pena.

 
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Publicado por Lílian Maial em 16/08/2010 às 21h17



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