12/10/2009 22h50
Dia da Criança
Dia da Criança
®Lílian Maial
Nada mais gostoso do que comemorar o Dia da Criança! É tudo sinônimo de alegria, agitação, confusão, gritaria, risadas e a deliciosa troca de energia, que começa logo no despertar.
Lembro bem dos rostinhos alegres e curiosos, loucos para me acordar e abraçar, mas, principalmente (e achavam que eu não sabia), receber os presentinhos.
Como é bom ser criança! Por isso que nunca deixei de sê-lo. Até hoje acordo todo dia 12 com a sensação de que vou receber presentes lindos!
Na verdade, o mais lindo de todos eu recebi exatamente há 25 anos, quando nasceu meu filho mais velho, que hoje faz aniversário. Foi uma gestação linda, cheia de medos e sustos, como a de toda “marinheira-de-primeira-viagem”, e com a expectativa da carinha e do jeitinho do filho que está pra nascer. Mãe é tudo igual. Todas sonham sonhos lindos pra seus bebês, mas não fazem a menor idéia do que o futuro reserva para eles. Hoje, ao ver meu filho homem, com uma carreira promissora, um amor transbordante e correspondido, além de todas as características que tentamos – eu e o pai - passar para ele, no que diz respeito a caráter, consciência social, fraternidade e liberdade, só me resta sentir orgulho e a sensação de “missão cumprida”, pois consegui – eu, arco - lançar a flecha para o alvo do futuro.
Eu – criança – vi minha criança crescer e começar a trilhar um caminho de trabalho árduo e grandes possibilidades de sucesso no amor e numa vida feliz.
Eu –criança – ainda com planos de algodão-doce, sorvete e cocada, comemoro o meu dia, o dia de todas as crianças de coração.
Minha outra criança, a do meio, agora é mais crescida que eu. É séria, ativista de suas idéias, de uma personalidade forte e determinada. Deve ter puxado à mãe, sabe-se lá de onde.
Muitas vezes ela me dá colo, ou nos “colamos” mutuamente. Haja cafuné! Ela é linda, e parece não ter noção da lindeza de seu coração, seus pensamentos e suas potencialidades. Comemoro com ela e por ela, e, por breves instantes, vejo nela a criança que ainda sou.
Minha criança mais novinha já começou a ter bigodinho e leves traços de uma barbinha rala, aqui e ali, que insiste em disputar comigo espaço para povoar as bochechas risonhas do meu caçula.
É, o moleque está crescendo e aparecendo! Está desabrochando um homem belíssimo, por fora e por dentro. Dotado de uma sensibilidade extrema, é a prova de que a vida é um constante milagre, que se renova a cada dia. Não tenho como não comemorar a criança que ele me faz lembrar que sou.
E assim passei meu Dia da Criança, sem comércio, sem correria, apenas brincando. Brinquei de ser carinhosa, de ser companheira, de ser mandona, de ser cozinheira, de ser amiga, de ser carente, de ser levada, de ser contente, de ser mãe.
E a melhor de todas as brincadeiras: de ser criança!
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Publicado por Lílian Maial em 12/10/2009 às 22h50