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31/07/2008 19h35
DRIVE-THRU - verão 2003
Lílian Maial
Havíamos decidido passar um dia maravilhoso em família.
Manhã perfeita de sol, depois de uma estafante semana de trabalho e estudo, todos queriam mais era descansar e aproveitar aquelas horas de inércia à beira da piscina do clube.
Passamos o dia basicamente inteiro às voltas com filtros solares, óculos escuros, todo o aparato de proteção da pele. Mesinha de boa localização, garçon preferido, cerveja pra lá de gelada, picanha fatiada ao ponto. Mergulhos, sauna e a tarde caindo, numa preguiça poente invejável.
Levantamos acampamento, com a certeza de que era tomar banho e cair na moleza de um aconchegante sofá, para um filminho com alguns petiscos.
Ops! Que petiscos? Não havíamos comprado nada! Parar em alguma delicatessen a essa hora, nem pensar! Padaria... não, estacionar, todos suados e cheios de fator de proteção solar 30... não, definitivamente nada de descer do carro.
Uma das crianças deu seu palpite: McDonald’s! Sim, e por que não? Pertinho de casa tem um (como se em cada esquina não tivesse um), inclusive com drive-thru, ou seja, não precisaríamos sair do carro. Perfeito!
Ao nos aproximarmos da “casa das telhas vermelhas”, uma fila não tão pequena assim nos recepcionou. Mas, já que seu lema é rapidez de atendimento, e o nome “drive-thru” dá uma noção de velocidade, resolvemos arriscar. E entramos na auto-fila.
Qual...
Não fora o barulhento Ronald e sua dança-sei-lá-do-quê, até que teria sido tolerável a espera, mas aquele som infernal, junto com a gritaria da criançada, depois de muito sol e cerva na cabeça, tenha dó!
O pai não disfarçava a irritação. Ao passar na máquina para fazer o pedido, as crianças ainda tinham dúvidas e o pai avermelhando a expressão. Calmamente contei as crianças, multipliquei pelo número de cheesebúrgueres e hambúrgueres que cada um come habitualmente, mais algumas batatas e sobremesas e pronto, soletrei as quantidades resolvidas.
Apesar da gritaria insuportável e da voz gasguita do animador, conseguimos acalmar o pai, o filho e o espírito santo, amém, com a promessa de um ótimo filme que estava à nossa espera.
Mal chegou nossa vez, e lá vem o cara com aquele puffzinho com numeração, e lança no teto do carro, orientando meu marido a estacionar logo adiante.
- Ora, mas não é drive-thru? Que diabo de espera é essa?
Simples, um dos sanduíches que o mais velho pediu levava bacon e demorava pra ficar pronto.
Não preciso dizer o quanto o moleque foi amaldiçoado em pensamento e entre os dentes rangentes do pai, que, para informação, não havia se cuidado com os filtros, e estava um pouco mais vermelhinho e ardidinho do que desejava.
Depois de 10 minutos alucinantes de espera e vendo todos passando na nossa frente, o pai descobre que alguém levara nosso sanduíche, o tal com bacon.
Pronto, foi o que bastou. O homem saltou ENORME do carro, dirigiu-se ao rapaz que, equivocadamente, cedera nosso sanduíche a outra pessoa que acabara de pedir, sacou do puff do capô do carro e partiu para enfia-lo em algum lugar não muito descritível.
Apesar da proteção do guichê de vidro, o rapaz se encolheu tanto, que quase cabia entre duas fatias de pão: o McCovardão.
Bem, depois disso, logo, logo apareceram os nossos saquinhos de papel, com bacon e tudo, um bando de canudinhos, colherinhas, sachezinhos de catchup e mostarda, e um volte sempre apavorado...
Muito bem, acabou. Agora é correr pro abraço, chegar em casa e devorar os sanduíches deliciosos, vendo um bom filme.
Mal chegamos e as crianças avançaram nos pacotes, cada qual pegando seus sanduíches, quando ouço a exclamação do caçula: veio tudo com pickles!
Quase desmaiei. Nossa família inteira detesta pickles, e sempre nós pedimos tudo “grill” no Mc Donald’s (sanduíche normal, mas sem os famigerados pickles, cebolas picadas e temperos fortes).
Preciso falar do resto? Pois saiu o pai bufando, com as sacolas nas mãos, a pé, blasfemando, na direção do drive-thru.
Não sei o que lá ocorreu, mas ele voltou com os sanduíches certinhos, mais 3 tortinhas de maçã, 3 Mc Mix de MM e uns 2 ou 3 sanduíches de brinde...
Ah, como é generoso esse Drive-Thru!
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Publicado por Lílian Maial em 31/07/2008 às 19h35
13/06/2008 20h29
O Rio de Janeiro está gerando menos empregos que o resto do país...
Lílian Maial
O Rio está gerando menos empregos que o resto do país. O estado tem quase 50% de seus municípios absolutamente dependentes dos royalties da indústria do petróleo, que emprega muito capital e pouca mão de obra, além de ter vida limitada... E se a fonte secar?
Isso reforça a tese de que somos, cada vez mais, um país de montadores.
Ninguém se preocupa ou investe na criação de tecnologia. No fundo, somos um bando de franquias de gringos, vendendo umas para as outras; um bando de Mc Donald's vendendo cheeseburgers uns para os outros, enquanto a tecnologia dos cheeseburgers vem lá de fora. E o grosso do dinheiro também, porque a parte mais nobre da cadeia produtiva está lá. E o pior é que fica todo mundo feliz porque isso "gera empregos" - oh! Que empregos são esses? Empregos cada vez piores, cada vez mais obtusos, em um país com um nível baixíssimo de educação.
Então vem a pergunta:
- O que podemos fazer, como modificar tal situação?
Quando Lula estava em campanha, ele diagnosticou tudo isso muito bem, num exemplo que deu: o sujeito corta a árvore na Amazônia, sacrifica a floresta, e ainda fica feliz porque ganhou míseros 10 reais. Aí, essa madeira vai virar um móvel de luxo no exterior, e aqueles R$ 10 de árvore passam a valer US$ 5000, ou seja, toda a "agregação" de valor está lá fora.
No entanto, depois de eleito, nada foi feito para mudar o panorama.
Então vem outra pergunta:
- O que fazer a essa altura?
O estado tem que fomentar, de alguma forma, circunstâncias que agreguem valor na cadeia produtiva, e não somente e diretamente o que gere emprego.
Melhorar o ensino, antes de mais nada. Incentivar pesquisas que agreguem valor.
A profissionalização como continuação do estudo. Isso até já tem, como no caso de SENAI, SENAC, etc, porém é uma profissionalização com o intuito de montar kit, e não de desenvolver kits para os outros montarem. Isso é o que dá dinheiro, riqueza, e - como corolário inexorável – empregos. E empregos bons!.
Ora, quem tem emprego bom, tangível, alcançável, não perde tempo assaltando, cheirando cola. "O crime não compensa", diz o velho ditado. Mas se tem muita gente no crime, é porque deve estar compensando.
Quando tem muito assalto em um determinado lugar, a polícia sempre fala que não pode policiar todos os lugares em todas as horas. É necessário e correto desincentivar a criminalidade. É não deixar o crime compensar. Com repressão, é claro, mas com outras opções viáveis, tangíveis, rentáveis.
E como o crime compensa? Porque é melhor, em relação ao imediatismo, do que montar kits para ganhar uma ninharia. Nessas condições, fica difícil manter a ordem social de pé...
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Publicado por Lílian Maial em 13/06/2008 às 20h29
13/05/2008 19h34
O QUE FAZER DA AUSÊNCIA
®Lílian Maial
Domingo é o pior dia para ausências.
De segunda a sexta há todos os afazeres de praxe: trabalho, escola, academia, curso, casa, sei lá mais o quê.
Sábado tem família, cinema, show, compras, agito, azaração. Mas aí chega Domingo, acorda-se tarde e já nem se sabe mais se é desjejum ou almoço o que se come. Lê-se o jornal, espreguiça-se, passa-se os olhos na programação televisiva... e aí? Vai dando aquela angústia do fim do lazer. Vai-se morrendo junto do dia. E se for um daqueles dias plúmbeos, então...
Se, para quem está acompanhado, tudo isso é triste, para quem está só é que são elas...
O sábado à noite é um verdadeiro martírio. Chega-se na janela e vê-se os casais passeando, as moças em bandos arrumadas para as festas, os rapazes abastecendo os carros para buscar as garotas, enfim, movimento, alegria, energia. E você aí, debruçada, vendo a banda passar. E por que o telefone não toca? E por que ele não aparece? E por que estou tão só?
Se você bobear, rola aquele clima de auto-piedade, de culpa, de rejeição. Surge a angústia e algumas lágrimas vão brotar como válvula de escape. Em caso de sorte, pode pegar um cineminha sozinha, rodar pelo shopping e encontrar alguns conhecidos de bairro, por que não?
Até aí, tudo bem, mas e o Domingo? O que fazer com a ausência no Domingo?
Domingos foram feitos para se passar a dois. Se estiver meio friozinho, de preferência sob as cobertas, assistindo a um filminho romântico ou de aventura. Sozinho você vai procurar um filme-cabeça, daqueles de tentar suicídio pelo mundo cruel. Sai fora!
Abre-se livro, fecha-se geladeira, desliga-se som, liga-se a TV, entra-se na Internet, abre-se o ICQ... e nada. Ninguém on line, ninguém parece conhecer solidão.
Está certo, pode-se sair sozinho, passear... Ver uma exposição, ir a um museu, tentar a casa de algum parente ou amigo. Mas todo Domingo? E o dia inteiro? O que fazer com a ausência no Domingo?
A solidão é o mal do novo século, que já machucava um bocado o final do anterior. Milhões de pessoas inscritas em sites de busca de companheiros. Milhares de salas de chat abarrotadas de solitários à procura de identificação. E quanto mais o tempo passa, mais só se fica. Quanto mais se conhece amigos virtuais, mais real se torna a desesperança.
O homem não nasceu pra ser sozinho, é fato. Então por que nos é tão difícil conviver?
A resposta pode estar dentro de nós, de nossas exigências e intolerâncias.
Nota-se que a solidão é muito mais freqüente entre pessoas por volta dos 40 anos.
É comum nessa faixa etária as pessoas já estarem estabelecidas na vida (em termos profissionais e familiares), muitas já separadas, cuja solidão é fruto de lares desfeitos. Noutras, a convivência nunca trouxe vantagens e optaram por seu individualismo, pagando um preço alto nos Domingos à tarde.
É nessa idade também que já conhecemos todo o tipo de pessoas e de problemas surgidos com elas. Nos tornamos sim, mais exigentes na seleção da companhia. Mas não vem daí a solidão, pois essa de “ruim com ele, pior sem ele” é “conversa mole para boi dormir”.
Parece que o ser humano esqueceu de desenvolver, dentre todas as suas capacidades, a de extrair de dentro de si as melhores opções de criação, invenção, meditação, busca da paz.
Não é de fora para dentro que vêm as satisfações, mas ao contrário, é de dentro que se encontra o prazer de usufruir os bons momentos. Se não se está bem consigo mesmo, não se pode encontrar paz exterior. E muito menos tentar compartilhá-la. Acaba em desastre, em frustração.
Há que se exercitar a própria companhia, o prazer de seus momentos exclusivos. Pensar, trocar idéias consigo próprio. Sondar suas próprias vontades, seus próprios interesses de lazer. Certamente haverá um sem número de surpresas, já que quase tudo pode ser feito sem a necessidade de terceiros.
É óbvio que a companhia é necessária e desejável, mas uma pessoa amadurecida e que possua auto-conhecimento jamais entrará em depressão e estado de angústia por não ter com quem compartilhar suas tardes de Domingo.
Olhar em volta, apreciar um pôr-do-sol, sentir o vento no rosto, sair para uma caminhada, ouvir os pássaros fazendo arruaça... São todos sinais de que há vida, de que se está vivo. Quer programa melhor do que viver?
Por último, se nada funcionar, abra o micro e escreva um artigo sobre o que fazer num Domingo solitário...
Bom Domingo,
Ótima semana!
Lílian Maial
Publicado por Lílian Maial em 13/05/2008 às 19h34
19/04/2008 11h18
URGÊNCIA
De repente, tudo é para ontem.
Tudo tem que ser agora, tudo tem pressa.
Há uma urgência, uma impaciência, um passar por cima de tudo e todos, apenas para ver suas próprias necessidades satisfeitas.
E as dos outros? E o se colocar no lugar do outro? E a mudez? A ausência total de "semancol", de perceber que os outros têm sentimentos e têm precisão da palavra, do gesto, do olhar e de todas as explicações que lhes foram negadas.
Urgência? Eu também tenho. Eles também têm. Urgência de saber como, quando, quem e, principalmente, o porquê.
Esperando? Também estou. Também estamos, e há muito tempo.
Esperando o cumprimento das promessas feitas tão solenemente, esperando a verdade, esperando o olho-no-olho, esperando a cumplicidade cobrada somente de um dos lados.
Ah! Esperar passou a ser o verbo mais comum e mais ouvido nos últimos tempos. Esperar, de aguardar, e esperar, de ter esperança. Sim, porque só o que resta é a esperança, já que a realidade e o dia-a-dia foram roubados de sinceridade e doação.
Estamos todos cansados de esperar.
É bom irem-se acostumando, porque nada mais resta, senão esperar.
Até hoje eu espero, e sei que ainda esperarei por uma eternidade, uma vez que a palavra não veio até agora, provavelmente nunca virá.
E a distância vai se fazendo pão, rio e correnteza. A imaginação - pior de todos os algozes - vai tecendo a trama das verdades ocultadas, das mentiras maquiadas, dos dublês das más notícias.
De repente, o carrasco se faz vítima, num estalar de dedos. Todos os fatos mudam de ângulo, e só se sabe da urgência no cadafalso, da urgência da corda ao redor do pescoço, da solitária morte da história idealizada de uma vida, cuja personagem principal não sabia o texto.
A vida é urgente, a morte é premente, mas nada faz sentido e nada importa, se não houver a verdade, a sinceridade, a entrega e o amor ao outro.
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Publicado por Lílian Maial em 19/04/2008 às 11h18
04/04/2008 16h55
EPIDEMIA DE DENGUE: DE QUEM É A CULPA?
Epidemia de Dengue: de quem é a culpa?
®Lílian Maial
Há quem diga que é dos políticos, outros, do mosquito, outros ainda, da população, e até praga pelos pecados da sensualidade eu já andei lendo por aí, como responsável direta. Bem, vox populi, vox Dei, mas vamos com calma.
Sabe-se que os casos de dengue são endêmicos em diversas regiões do mundo, e estão relacionados ao clima úmido e quente, geralmente nos períodos das chuvas. O Rio de Janeiro é a cidade mais propensa a epidemias nas épocas de chuva e calor (verão), justamente por seu clima e seus acidentes geográficos e crescimento urbano, que possibilitam o acúmulo de água onde nem se percebe que ela possa estar acumulada. E o mosquito é peridoméstico, isto é, criado em nossas casas e arredores, principalmente se desenvolvendo onde houver água parada.
O combate ao mosquito transmissor e a eliminação dos criadouros (água parada) são a única maneira de controlar a doença e, aí, a responsabilidade recai não só sobre o governo, mas sobre cada um de nós. Se um dos lados não cumprir a sua parte, não haverá sucesso.
Não há inseticida pulverizado na cidade que elimine os mosquitos completamente. Ao contrário, acabariam, em excesso, eliminando outras espécies, provocando desequilíbrio na cadeia alimentar, propiciando outras pragas.
As equipes de vigilância epidemiológica atuam, usam inseticida e larvicida, porém, enfrentam inúmeros obstáculos. De nada adianta eliminar vasinhos de plantas dos apartamentos, se terrenos baldios não puderem ser visitados, ou se não se permitir que os agentes penetrem nas residências, como é muito comum acontecer.
Por outro lado, o sistema de saúde está um verdadeiro caos há décadas, tanto que a famosa CPMF foi idealizada para suprir a falta de verba e tentar abastecer hospitais e postos com medicamentos, aparelhagem e equipes de saúde. No entanto, como bem sabemos, tal verba aparentemente também foi usada para outras finalidades, e o sucateamento das estruturas e equipes de saúde vem acontecendo vertiginosamente, com salários aviltantes, condições sub-humanas de trabalho, e responsabilidade legal e ética comprometidas, resultando na falência da prestação de assistência digna à população.
Num momento de crise, como numa epidemia de proporções assustadoras, com óbitos e morbidade acima das expectativas, a fragilidade da Saúde aparece e apavora a população, já endemicamente sofrida. Não há médicos (e quem aceita trabalhar nas emergências, arcando com todas as suas conseqüências, por menos de R$900,00 ao mês?), não há leitos, não há vagas em CTI, não há o menor conforto, nem para pacientes e nem para as equipes. A contratação de médicos, de maneira emergencial, paga o triplo do salário dos médicos concursados, mostrando o absurdo da situação, e nada acontece.
Tendas são montadas, militares são convocados, come-se inhame, ingere-se complexo B, usa-se homeopatia, aplica-se repelentes, perfume de alfazema, velas de citronela e andiroba, e a doença vai engordando as estatísticas, até que o clima esfrie e as chuvas passem, o outono avance e o vírus volte a dormir nos ovos dos mosquitos.
Aí as tendas serão desmontadas, os militares voltarão para as casernas, o inhame desaparecerá do cardápio, os repelentes serão guardados e as velas apagadas, mas ninguém vai conseguir apagar a dor das perdas de crianças, jovens e adultos, o sofrimento de uma doença que deixa a pessoa acamada por 10 dias, mas enfraquecida por 2 meses, e a sombra de futuras epidemias, cada vez mais graves, pela possibilidade de segunda infecção, que favorece a evolução mais séria.
E nada acontece.
Não há verba para a Saúde.
Há verba para tudo nesse país, mas não há verba para a Saúde.
Diabos! Qualquer coisa que se tenha que fazer, só se faz se tiver saúde. Sem saúde não há trabalho, não há produção, não há lucro, não há nação!
Raios! Não precisa ser político, estudioso e pós-graduado para enxergar isso!
Mas, peraí, a prevenção e a promoção de saúde não dão lucro, não dão voto, não dão poder...
É, gente, é cada um por si, como no Velho Oeste. A violência já está provocando o armamento da população e o trancafiamento dentro de casa e condomínios fechados, só que as epidemias não atingem somente as áreas de risco, elas expõem a todos, ricos e pobres, aos seus efeitos, embora os menos favorecidos sempre levem a pior, justamente pela falta de assistência decente, como a que os mais abastados encontram em alguns Planos de Saúde.
Já está mais do que na hora da população se manifestar, das entidades médicas acirrarem as reivindicações, das empresas pressionarem, das associações de bairros se posicionarem, enfim, o povo precisa forçar seus representantes eleitos a tomarem uma posição no que diz respeito à aprovação de maior verba e ações de saúde em todo o país.
Não cabem mais brigas políticas, interesses secundários, picuinhas e partidarismo, quando vidas estão se perdendo pela inércia!
O mosquito é miudinho, o vírus é microscópico, mas a dignidade da nação está bem menor, neste momento.
O descaso com o cidadão, o desrespeito à Constituição – Carta Magna da nação – que diz que “A saúde é direito de todos e dever do Estado”, são imperdoáveis, e precisam urgentemente serem corrigidos, não só como forma de atenção aos que constituem esta nação, mas em memória dos que se foram por falta de um atendimento a que tinham direito.
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Publicado por Lílian Maial em 04/04/2008 às 16h55
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