Lílian Maial

Basta existir para ser completo - Fernando Pessoa

Meu Diário
18/12/2010 16h13
VEM CHEGANDO O NATAL... E DAÍ?
®Lílian Maial


 
Venho observando algo diferente neste mês de dezembro.
Ainda não identifiquei o motivo, mas as pessoas não estão animadas como nos outros anos. Não vejo as casas tão iluminadas, por exemplo. Já no meio do mês, grande parte das casas ainda não se enfeitou.

Difícil culpar a inflação, as eleições, o calor ou alguma calamidade. A inflação vem se mantendo estável, com pequenos acréscimos, mas nada de tão diferente do ano passado e dos anteriores. As eleições trouxeram novidade apenas para os incautos, haja vista a repetição de tudo o que estamos francamente acostumados há muito tempo. Ficha limpa? A sua, a minha. Assim como impostos em dia e obrigações civis. Não, não é isso! O calor, por sua vez, está até mais brando que em anos anteriores. E nenhuma calamidade assolou o carioca.

Então qual a razão desse aparente descaso (ou seria cansaço?) que tomou conta das pessoas neste mês? Inexplicável.

Seria saudade do Presidente Lula, que está deixando o cargo? Seria precaução com a assunção da Presidenta Dilma?

Ou seria a constatação da impunidade dos grandes e verdadeiros criminosos? Talvez os aumentos dos políticos na calada da noite, sem que houvesse o mesmo para as profissões fundamentais para os serviços públicos?

Quem sabe a descoberta que vários dos comandantes do país estariam interessados apenas em se locupletar, deixando as reivindicações do povo à deriva?

Não tenho as respostas, mas percebo que tudo isso junto vai trazendo uma letargia, que se manifesta na falta de ânimo para comemorar uma data que deveria simbolizar o renascimento, a esperança e os princípios éticos e morais mais elevados.

Mas como falar de princípios éticos e morais no país dos que “gostam de levar vantagem em tudo?”

Como falar em irmandade numa população castigada por impostos e taxações que impedem um mínimo de lazer e dignidade?

Impossível se estimular fraternidade em quem não tem futuro.

Ainda não sei as respostas, porém, a sensação me incomoda profundamente, pois traz à tona os sentimentos de perda, de fracasso e de saudade de um passado não tão distante, mas que não retornará.

Por isso, acabei de montar a minha árvore bem colorida e iluminada, enfeitei minha casa com o espírito de amor daquele menino milenar, e separei ingredientes fundamentais para a minha ceia, como: carinho, esperança, amor, lembranças, alegria, sorrisos e poesia!

FELIZ NATAL!
 
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Publicado por Lílian Maial em 18/12/2010 às 16h13
 
11/11/2010 21h15
ESTAMOS ENVELHECENDO
®Lílian Maial
 
 
Faço parte de um grupo de amigas dos tempos de colégio, que celebrou um reencontro depois de muitos anos sem notícias umas das outras. Trocamos e-mails, opiniões, experiências e afetos. Rola um carinho muito grande e, eventualmente, quando entra alguma nova/antiga amiga, há toda uma expectativa quanto ao primeiro encontro nesse reencontro.

Hoje, uma delas – que curiosamente faz aniversário – colocou, em resposta às felicitações pela passagem do natalício, uma observação que me deixou pensativa, uma vez que estamos todas na mesma faixa etária e, por conseguinte, amealhando as mesmas alegrias e aflições. Ela estava receosa de nos decepcionar, num próximo encontro, e comentou que, embora tivesse vivido em diferentes lugares, alguns bem exóticos, e tido a coragem de deixar um bom emprego para se aventurar novamente na vida acadêmica, estava evidente que já estava “passadinha” para um bom emprego quando a aventura terminasse. Comentou da insegurança e do medo de não vir a ter uma vida que valesse a pena ser vivida.

Naturalmente, diante de um relato tão pungente, choveram mensagens de otimismo, de incentivo e de conforto. Fiquei martelando uma idéia: existe alguma vida que não valha a pena ser vivida?

Pesquei umas citações sobre o envelhecimento, mas houve uma frase, em especial, que me mostrou algo que sempre soube: tudo, então, vai depender dos poemas que estão guardados na alma.Tratava-se da menção do evangelista João: “... e o Poema se faz carne”.

Mas é tão difícil, no dia-a-dia, fazer poesia! Aí vem o Rubem Alves e me diz que “A alma é guerreira: Pugno, ergo sum – luto, logo existo.”
E é exatamente isto: a luta! O que mantém a juventude da alma é a luta! Quando uma pessoa desiste de lutar, tenha a idade que tiver, ela envelhece; na verdade, fenece, como uma flor. Em todos os dias é necessário que se vença os desafios.

Quando se é criança e adolescente, a batalha é pelas notas, pela aprovação na escola, na faculdade. Mais tarde, por um lugar ao sol, um emprego, constituir família, encontrar o par ideal. Depois, a preocupação com os filhos, sua criação, sua formação, sua partida de casa, para formarem as famílias deles. Vem a preocupação com os pais, já idosos, até sua partida. A insegurança da convivência com o silêncio, com o eco da própria voz, muitas vezes as separações, o fim de casamentos, aliados às mudanças orgânicas que acompanham a inevitável e ultrapassada menopausa (démodé, mesmo).

Nossa! Como somos guerreiras! Como somos fortes e determinadas, em nossa feminilidade, maternidade e espiritualidade! Estudar, crescer, casar, ter uma carreira, isso é fácil para qualquer um. Mas fazer tudo isso e ainda ser o motor da família, o ponto de equilíbrio, o jeito para tudo, mais ainda, viver o poema... Uau! Estou admirada comigo mesma da nossa capacidade de poetizar a vida!
 
Minha amiga, o que posso lhe dizer? Sim, envelhecemos. É uma verdade inexorável. É uma droga! Uma lástima não ter mais o mesmo contorno dos 20 anos, ter de disfarçar o indisfarçável, conviver com os animais e frutas do tempo: pés-de-galinha, papada de pelicano, perna de casca de laranja, barriga de vaca, cabelo de palha de milho, ufa! Mas, pense bem, sabíamos disso desde a assinatura do contrato da vida. O cartório do destino reconheceu firma e tudo! Não tem como tentar mudar depois. Nascemos e, então, concordamos com tudo isso. E vivemos, não vivemos? Não tivemos todos os benefícios dos 5 anos, dos 10 anos, dos 15, dos 20, 30, 40? Até que dá pra driblar aqui e ali, mas, de maneira geral, não tem volta... 

Agora, é bobagem retroceder. O negócio é ir adiante e descobrir o que ainda há por vir. Qual a aventura de amanhã? Qual o desafio que a guerreira vai enfrentar, dessa vez? Luto, logo existo. Isso não quer calar dentro de mim.

Quando eu bem imaginava que me aposentaria e teria uma vida calma, junto à família, numa casinha de campo ou de praia, de repente, a essa altura do campeonato, me vi precisando arranjar mais um emprego, por conta de um divórcio tardio e por ter que cuidar de minha mãe, que, independente que sempre foi, nunca imaginou que fosse algum dia precisar de mim. A grana não dava, tive que ir à luta, me virar! Lutar, amiga, lutar!

É, a vida dá voltas e mais voltas, e nos envolve, emaranha, deixa tudo de ponta-cabeça, da noite para o dia. As certezas são tão incertas, quanto os amanheceres (essa eu inventei agora). E é maravilhoso que seja assim,não? Já pensou ter a certeza da vida formatadinha? O fim chegando e você parada, esperando?

Então, minha amiga – que essa crônica é pra você – é arregaçar as mangas, sem vergonha do estado do braço, porque esses braços são fortes e sustentariam pilares, se preciso fosse. Vamos à luta, porque existimos. Vamos à luta, porque estamos todas no mesmo barco. Vamos à luta, porque juntas o fardo é menor e é comum a todas, e nos torna mais íntimas do que nunca. Vamos à luta, porque é da nossa natureza. Porque somos a única razão de merecer a vitória.

Estamos envelhecendo, é certo, como é certo que em algum dia não estaremos mais por aqui. E o que é que marca a existência de uma pessoa: as facilidades ou as lutas que teve de vencer? Os ícones mundiais são famosos por seus feitos, por suas lutas e conquistas e, geralmente, já na terceira idade. Então, vamos aproveitar bem a segunda idade e, como Scarlett O’Hara, de “E o Vento Levou...”: vamos pensar nisso amanhã.
 
Beijo da amiga,
 
Lílian Maial
 
 

Publicado por Lílian Maial em 11/11/2010 às 21h15
 
09/11/2010 20h59
REINAÇÕES E PIRAÇÕES
REINAÇÕES E PIRAÇÕES
®Lílian Maial


 
Não poderia deixar de escrever alguma nota acerca da denúncia da Secretaria de Promoção de Igualdade Racial sobre o livro “Caçadas de Pedrinho”, de Monteiro Lobato, um dos maiores autores de literatura infantil brasileira, de que teria um cunho racista.
Precisamos avaliar com muito cuidado esse tipo de coisa, aqui no Brasil, para não se criar um clima de rivalidade e instigar atitudes mais apaixonadas.

O Conselho Nacional de Educação (CNE) deu parecer favorável à denúncia e, segundo a Secretaria de Alfabetização e Diversidade do MEC, a obra só deve ser usada "quando o professor tiver a compreensão dos processos históricos que geram o racismo no Brasil".  Ora, será que o MEC não confia nos professores que credita?

O livro já foi distribuído pelo próprio MEC a colégios de ensino fundamental pelo Programa Nacional de Biblioteca na Escola (PNBE)!
Publicado em 1933, o livro narra as aventuras da turma do Sítio do Pica-pau Amarelo em busca de uma onça-pintada. Conforme o parecer do CNE, o racismo estaria na abordagem da personagem “Tia Nastácia”. Um dos trechos que sustenta a argumentação do CNE diz: "Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou, que nem uma macaca de carvão". Outro diz: Não é a toa que macacos se parecem tanto com os homens. Só “dizem bobagens.”

Para a autora do parecer - Nilma Lino Gomes - professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o livro deve ser banido das escolas ou só poderá ser adotado caso a obra seja acompanhada de nota sobre os "estudos atuais e críticos que discutam a presença de estereótipos raciais na literatura". Muito barulho...

Naturalmente, qualquer pessoa afro descendente pode se sentir magoada, se apontada como macaco, carvão, urubu ou qualquer menção pejorativa de sua cor. Contudo, há que se entender que o livro foi escrito num contexto completamente diferente do de agora, e que tal situação fica clara na leitura contextualizada do livro.

Se fôssemos censurar a leitura de todos os livros que ferissem minorias, não se poderia conhecer a História! Livros sobre judeus, muçulmanos, índios, ateus, evangélicos, orientais, todos seriam banidos. Não se poderia estudar a Alemanha nazista, por exemplo, em sala de aula!

Entendo que o racismo de qualquer espécie não tem cabimento, é um absurdo, mas precisamos tomar cuidado para não levarmos a coisa a extremos perigosos, a atitudes revanchistas e separatistas, que só poriam a perder todos os avanços sociais e legislativos que a população, como um todo, vem alcançando, a duras penas, ao longo dos anos.

O retorno de qualquer tipo de censura fere a democracia e atropela obras atemporais, como esta. Seria um retrocesso! E pior desigualdade é ainda termos milhares de crianças sem acesso a obras literárias do nível das de Monteiro Lobato.

Censurar Monteiro Lobato é como censurar nossa cultura, é como censurar Macunaíma, Saci Pererê e tantos outros personagens riquíssimos do nosso rincão.

Enquanto esses representantes pensam em censurar Monteiro Lobato e todo o seu mundo de fantasia genuinamente brasileira, vemos nossos filhos serem massacrados por uma mídia norte-americana recheada de violência, pornografia, palavras de baixo calão, transformando crianças brasileiras em escravos estúpidos da telinha, tenham a cor ou o credo que tiverem.

Não podemos permitir que afastem nossos filhos cada vez mais da inocência, da decência, do conhecimento, da literatura e do ensino de qualidade. Nossas escolas, ao contrário, deveriam introduzir toda a coleção do Lobato no ensino fundamental, para que nossas crianças pudessem brincar no Reino das Águas Claras e se sentirem acalentadas pelos conselhos de Dona Benta e as reprimendas de Tia Nastácia.

Nossos Pedrinhos e Narizinhos merecem e agradecem.

 
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Publicado por Lílian Maial em 09/11/2010 às 20h59
 
01/11/2010 01h24
MINHA PRESIDENTA
MINHA PRESIDENTA
®Lílian Maial



Hoje o Brasil elegeu, pela primeira vez, uma mulher para dirigir o país por, pelo menos, quatro anos. Isto é incrível! Se pensarmos no quanto nosso país está atrasado, em termos de valorização da mulher, tanto no desrespeito à isonomia salarial, quanto na violência (doméstica ou não) e no preparo da vida, já é uma vitória, um avanço!

Nosso país é uma nação inigualável! Viemos de uma ditadura ferrenha, passamos um período de transição e tivemos um presidente operário, e ainda reeleito pelo povo! Agora – pasmem – uma mulher! Que avanço, gente!

Confesso que não votei na Dilma no primeiro turno; meu voto foi para o Plínio, cuja plataforma de governo me pareceu a mais condizente com meus pontos de vista. Porém, no segundo turno, acompanhei a caminhada de Dilma, apesar de todos os boatos e maledicência - artifícios comuns de adversários e correligionários em campanha – e percebi nessa mulher uma garra impressionante! No momento em que muita gente baquearia, ao saber-se portadora de uma neoplasia, ela driblou a doença, deu a volta por cima e abraçou a tarefa de cuidar de uma nação, como toda mulher de cuidar de sua cria. Só por isso, ela já mereceu meu voto. No entanto, além disso, ela foi a escolhida do meu presidente atual, para sucedê-lo.

Meu presidente é um líder, conhece os caminhos do desalento, o sofrimento dos filhos da pátria, a fome de justiça e oportunidades. Ele trabalhou para elevar o país aqui e lá fora, e mudou, para melhor, a vida de muita gente. E ele a escolheu.

Não sou inocente ou tola, a ponto de não saber o que se passou nos bastidores, todos os escândalos envolvendo o partido (embora também outros), e elementos alvos da imprensa marrom ou não. Porém, com ela, existe a promessa de combate árduo à corrupção, e cabe a nós – povo – cobrar tais atitudes.

A população se dividiu, por conta de muito sensacionalismo envolvendo elementos do governo, mas isso não pode desmerecer tudo de bom que esse governo alcançou. Temos, sim, que brigar para que não volte a se repetir, e que os rumos traçados pelo governo atual não se percam.

Dilma está eleita. Portanto, celebremos a liberdade, a paz e, principalmente, a união. É através dessa integração que conseguiremos apoiar nossa presidenta, que a ajudaremos a brilhar mais ainda, a atravessar o mar de dificuldades que toda mulher já está acostumada a enfrentar, e que devemos diuturnamente combater, para que as futuras gerações entendam que somos iguais, que em nosso país não cabem diferenças de sexo, credo, cor, poder aquisitivo.

Não é mais momento de torcer narizes, de incentivar derrotas, de achincalhar, de guardar rancores. Agora é hora de simpatizar com a irmandade, desejar que tudo dê certo, que o Brasil siga dando certo!
É hora de refletir no que podemos fazer por ele, por nosso país, afinal, somos todos cidadãos brasileiros.

Amanhã despertaremos com uma certeza extraída das urnas. Mais da metade do povo brasileiro quis assim. É a nossa vez. Sendo ou não do mesmo partido, mostremos que é vermelho o sangue, mas que o céu é azul, a mata é verde, o ouro é amarelo e a alma é linda! Somos todos filhos da Natureza. Todos irmãos. Todos gente. E todos acordamos hoje iguais a ontem, e acordaremos iguaizinhos amanhã.

Lula deixará saudade. Fez um governo para o povo, e não para alguns. Mudou a cara do Brasil no exterior. Foi tudo isso sendo ele mesmo: simples, brincalhão, feliz. E Dilma é sua amiga, sua escolhida para dar continuidade ao seu trabalho.

Dilma não é e nem nunca foi terrorista. Ela lutou pela liberdade, em tempos de ditadura, aos 18 anos, como podia e como foi guiada. Uma menina, ainda, quando foi torturada. Hoje é a presidenta. Agora é fato. Vamos respeitar a vontade do povo e ajudá-la a fazer deste o melhor e mais justo país de todo o mundo.

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Publicado por Lílian Maial em 01/11/2010 às 01h24
 
23/10/2010 20h48
TRUPE DE ELITE
TRUPE DE ELITE
®Lílian Maial
 

 
Por conta da paciência já no limite nesse período pré-segundo-turno, decidi pelo afastamento temporário da internet. Já não aguentava mais bolinha pra cá, balão com água pra lá, numa brincadeira com coisa séria que dá vontade de rir e de chorar, ao mesmo tempo. Na Europa, em franca crise de aumento do tempo de contribuição para aposentadoria, para 62 anos, na França, e 66 anos, na Inglaterra, além dos prognósticos sombrios, de maneira geral, por todo o mundo, imaginem o que não devem rir de nosso povo e nossos políticos!

Resolvi  dar um tempo de internet e fui assistir ao filme “Tropa de Elite II”, para o qual aquele bonequinho do jornal só faltou se atirar página afora, caindo de elogios, e também porque já havia assistido ao “Tropa de Elite” (I) e gostado.

Realmente é um filme muito bom, bem produzido, rico em detalhes nas locações, história bem alinhavada, até demais. Logo que começa, na tela surge um enunciado avisando que, embora pudesse haver muitas coincidências, era um filme de ficção. Mas como? Não é a continuação do “Tropa de Elite”? Como ficção, se só nós temos o BOPE? Estranhei...

E aí começa o filme de verdade. E de uma verdade tão real, tão nua, que me deixou atônita. Não sei se pela interpretação espetacular do Wagner Moura e de grande parte do elenco, se pelas locações conhecidas minhas, dando sensação de proximidade, não sei se pela maneira cruenta com que a violência foi retratada até nos altos escalões, o que sei é que me senti desprotegida, impotente e desesperançada, como o olhar do Capitão Nascimento, agora Tenente-Coronel Nascimento.

Wagner Moura passa para o espectador todo o esforço de um policial de carreira, que acredita no que faz, que quer livrar a cidade dos maus feitores, mas que desconhecia, até  ingenuamente, a extensão da corrupção, do crime e do poder.

Em época de eleição, o filme nos mostra que as bolinhas de papel e os balões de água são uma encenação de tudo o que envolve a disputa do poder máximo, do que corre por trás dos bastidores, do que nem sonhamos imaginar.

Instiga quem assiste a querer saber mais ou, ao contrário, preferir esquecer o que viu e ouviu, e o que, de certa forma, testemunha e nega todos os dias.

Saí satisfeita do cinema pelo filme, cujo nível de realização supera expectativas, mas, também, com um sentimento que mistura desamparo, descrença e tristeza, aliado a um medo imenso de que venham a lançar o “Tropa de Elite III” e eu acabe por descobrir onde realmente estou.


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Publicado por Lílian Maial em 23/10/2010 às 20h48



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